segunda-feira, 19 de julho de 2010

O Mundo é Imperdível !!!!?

I João 2:15 “ Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.” Não, não é verdade que o mundo é mesmo imperdível, refiro-me a uma propaganda de uma grande operadora de telefonia móvel de nosso pais, mais esta afirmativa serve-me como norte azimultico para refletirmos em algumas mudanças sócio comportamentais que o mundo e particularmente o Brasil vem adotando de forma sorrateira e sombria.O mundo e suas concupiscências, além de sedutoras são opressoras, nos seduz com bonita propaganda do inferno e seus prazeres; quando percebe que não aceitamos o lixo televiso, cinematográfico, pornossômico etc, então tentam nos oprimir para que não preguemos contra o pecado, tentam nos intimidar com ameaças morais e imorais. Não de hoje que estamos falando de evangélicofobia ou protestantofobia no Brasil.
 
Com o neo-pós-moderno aperfeiçoamento do bullying, então fica cada vez mais difícil para os chamados não alinhados, estão tendo suas vidas devassadas, revolvidas; além do fato de no presente vivermos sobre a égide das escutas telefônicas clandestinas, chaveiros espiões, canetas, relógios, minicâmeras e microfones do tamanho de um alfinete mais com potencia de captação de um trio elétrico, dentro de nossas casas, pode ser que não tenha chegado na de vocês mais a minha já é vítima de escutas deste tipo, há algum tempo. Os bullyings não gostam que saibamos quem são eles ou o que estão fazendo, não gostam de ser denunciados ou descobertos aí apelam para expedientes mais sujos, tipo de se prevalecer dos cargos que ocupam, exemplo: governantes, ou coisa do tipo. Vocês sabem queridos leitores que cargo e dinheiro neste mundo fazem qualquer coisa é certo aquelas que Deus não aceita que tenham êxito , e que Deus por meio da aplicação da Justiça Divina nos dá livramento. Não, o mundo não é imperdível, as mortes de muitos servos do Deus vivo em defesa da Genuína Fé Cristã, entre os quais destaco o Servo de Deus que já esta nos átrios do Paraíso, William Tyndale que foi morto por inimigos de Deus em 1536 enforcado e depois queimado só por ter traduzido uma Bíblia, do Hebraico e do Grego para o Inglês, estamos vivendo novamente a batalha pela Bíblia que já foi queimada, perseguida e sofre ataques gigantescos, dos que preferem “acreditar nos deuses do absurdo”;



ao crer em Deus como supremo criador do universo infinofinito, sim cada lei aprovada deve ser vista com muito cuidado pois por trás dela podem haver ataques terríveis a escritura e fé Cristã pura, exemplo: “O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) poderá sofrer mais uma alteração ao completar duas décadas. O governo federal prometeu encaminhar nesta quarta-feira (14) projeto de lei ao Legislativo que proíbe castigos corporais em crianças e adolescentes, como palmadas e beliscões.
Em seminário na Câmara sobre os 20 anos do ECA, celebrados neste dia 13 de julho, a ministra do Desenvolvimento social e combate à fome, Márcia Lopes, disse que a proposta pretende garantir que meninos e meninas cresçam livres de violência física e psicológica.
A sugestão do projeto de lei foi encaminhada ao governo pela Rede Não Bata, Eduque ; formada por instituições e pessoas físicas. Pelo texto, “castigo corporal” passa a ser definido como “ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física, que resulte em dor ou lesão à criança ou adolescente”.Para os infratores as penas são advertência, encaminhamento a programas de proteção à família e orientação psicológica. Será necessário o testemunho de terceiros - vizinhos, parentes, assistentes sociais - que atestem o castigo corporal e queiram delatar o infrator para o Conselho Tutelar.”


Vejamos o que diz a Bíblia:” Provérbios 22:15 A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela. “ Não pensem meus leitores que esta lei da ECA é uma tentativa de proteger as crianças de surras e maus tratos pura e simplesmente; por trás disto está o precedente para tirar dos pais zelosos o direito de educar seus filhos, que se não disciplinados em casa serão disciplinadas nas cadeias fétidas e sujas do Pais, que tornam quem entrá-la mais bandido do que já entrou, o caso do goleiro mostra-nos aonde chaga uma família desestruturada e está lei é um ataque sim, a Bíblia, ao Cristão honesto e todos que tem e que deve educar seus filhos se necessário com palmadas sim; mais principalmente com exemplo de vida íntegra, pia e sensata, o Pai e a Mãe Cristã devem dizer as seus filhos faça o que eu faço porque é certo, é bom, é honesto e dá certo e você chaga no céus.

Dizer aos filhos”, faça o que mando mais não faça o que eu faço é na maioria das vezes coisa de gente mal caráter, que acha mesmo que o mundo é imperdível. Nesta batalha pela Bíblia estamos lidando com um inimigo que nem sempre ataca, as vezes ele usa a própria Bíblia como arma contra ela mesma; só que não da certo ele fica envergonhado. Concordo com Amy Orr-Ewine quando ela diz: “ Mesmo não tendo lógica em certas partes do texto Bíblico, ainda assim ela é a Palavra de Deus”. Porque Confiar na Bíblia ? Editora ultimato cap 2 pag 52;
Vejamos o que diz: “Rigorosamente, é certo serem pouco numerosas as alusões diretas à inspiração das Escrituras e nenhuma se refere com precisão à autoridade de cada um dos livros em particular. Por outro lado, se excentuarmos Esdras, Neemias, Ester, Eclesiastes, Cantares de Salomão, Obadias, Naum e Sofonias, observamos que todos os livros do Velho Testamento são diretamente citados no Novo; e quando se toma em consideração a atitude do Novo Testamento em tais citações, poucas dúvidas nos restam de que expressões como esta: "Assim diz o Senhor", que encontramos na boca dos profetas eram aplicadas aos testemunhos da atividade profética, assim como às mensagens orais proferidas em determinadas ocasiões. A palavra escrita era tratada como forma categórica e inspirada em que se exprimia e transmitia o conteúdo da revelação divina.” Novo Comentário de Davis, falando sobre revelação vejamos algo importante sobre a Bíblia e seu efeito prático na vida de quem realmente aprende” Juíza Argentina se nega a casar gays mesmo que 'custe sua própria vida' France Presse ;Publicação: 16/07/2010 14:00 Uma juíza de paz Argentina afirmou nesta sexta-feira (16/7) que jamais realizará o casamento de casais homossexuais, um dia depois de o Senado aprovar uma lei que autoriza essas uniões.
"Que me acusem do que quiser. Deus me diz uma coisa e eu vou obedecer n de lo que quiseram. Dios me dice una cosa y yo la voy a obedecer com todo rigor, mesmo que custe meu posto, e mesmo que me custe a vida, porque primeiro está o que Deus me diz", afirmou Marta Covella, juíza de paz da cidade de General Pico."Fui criada lendo a Bíblia e sei o que Deus pensa. Deus ama a todos, mas não aprova as coisas ruins que as pessoas fazem. E uma relação entre homossexuais é uma coisa ruim diante dos olhos de Deus", assinalou ainda. A Argentina se converteu na madrugada de quinta-feira no primeiro país da América Latina ao autorizarem o casamento entre homossexuais, com uma histórica e longa votação no Senado.A lei foi aprovada com 33 votos a favor, 27 contra e 3 abstenções, depois de uma sessão que durou mais de 13 horas e apesar da oposição da Igreja Católica, que liderou uma intensa mobilização social para impedir a aprovação do projeto.

A iniciativa, apoiada pelo governo peronista da presidente Cristina Kirchner, acabou por aprovar a lei que autoriza os casamentos gays, fazendo com que a Argentina se converta no primeiro país da América Latina a autorizar esse tipo de união em nível nacional e o décimo no mundo, depois da Holanda, Bélgica, Espanha, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Portugal e Islândia. A nova legislação visa a reformar o Código Civil mudando a fórmula de "marido e mulher" pelo termo "contraentes" e prevê igualar os direitos dos casais homossexuais com os dos heterossexuais, incluindo os direitos de adoção, herança e benefícios sociais.
A Igreja lançou na última semana uma forte ofensiva contra a lei e mobilizou na terça-feira milhares de seus fieis para pressionar contra sua aprovação.” Vejam que a Bíblia não foi a religião partícular, mais sim a Bíblia como palavra de Deus. Com isto quero aqui Parabenizar os Católicos Argentinos pela heróica e mesopotâmica luta contra esta aberração, que sirva de exemplo para os Católicos de algumas partes do Brasil; quem ao invés de lutar pelo bem da família lutam pelo divórcio e degradação dos casamentos.

Não, o mundo não é imperdível, perdi o mundo a mais de vinte anos e nunca fui infeliz com as perdas, mais ganhei a Cristo ou Ele me ganhou e cuida de mim desde então, não importa o que o diabo e seus demônios digam ao meus respeito, “ Mesmo Espírito testifica com meu espírito sou Filho de Deus” e nada nem ninguém vai mudar isto.

Sola Deo Glória.

Joseano Laurentino da Silva Santos Leão.

domingo, 6 de junho de 2010

O outro evangelho uma consequência da depravação total.

Jesus não reagiria como eu, isto é verdade mas, como posso reagir de outra forma,quando somos caluniados,injuriados,defamados,vituperados,injustiçados,traídos por nossos próprios irmão em Cristo, escarnecidos e atormentados insessantemente com falsas acusações, se crescemos de glória em glória ainda estou crescendo. Tenho visto que alguns Cristãos neo-pós-moderno, pouco leem a Bíblia e pouco sabem sobre o verdadeiro Deus, pois tem muitos crentes dentro da igreja adorando ídolos criados a sua imagem e semelhança, ao invés de adorarem ao verdadeiro Deus.


E muito fácil ser cristão quando tudo vai bem, quando você não está sendo perseguido pela igreja de Roma e seus psicopatas, anteCristãos ou evángelicofóbicos, é muito fácil ser Cristão sem ter de dar testemunho ou sem ter de confiar única e exclusivamente na justiça de Deus.

Temos que pensar na depravação total que é em suma a causa
 deste outro evangelho, sobre a depravação total vejamos o que dizem os cinco pontos do Calvinismo: “ Devido à queda, o homem é incapaz de, por si mesmo, crer de modo salvador no Evangelho. O pecador está morto, cego e surdo para as coisas de Deus. Seu coração é enganoso e desesperadamente corrupto. Sua vontade não é livre, pois está escravizada à sua natureza má; por isso ele não irá - e não poderá jamais - escolher o bem e não o mal em assuntos espirituais. Por conseguinte, é preciso mais do que simples assistência do Espírito para se trazer um pecador a Cristo. É preciso a regeneração, pela qual o Espírito vivifica o pecador e lhe dá uma nova natureza. A fé não é algo que o homem dá (contribui) para a salvação, mas é ela própria parte do dom divino da salvação. É o dom de Deus para o pecador e não o dom do pecador para Deus.”


Paulo deixa isto muito bem explicitado em Efésios Cap-2-1a 10 “1 E você [ele fez vivo,] quando vós mortos nos vossos delitos e pecados, 2 vós qual uma vez andou de acordo com o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; 3 entre os quais todos nós também já morou na concupiscência da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos, e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais: - 4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu grande amor com que nos amou,5, quando ainda estávamos mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
6 e nos ressuscitou com ele e nos fez assentar com ele no] lugares celestiais [em Cristo Jesus: 7, que nas idades ele poderia vir a mostrar a riqueza da sua graça, em bondade para conosco em Cristo Jesus: 8 Porque pela graça sois salvos mediante a fé, e isto não vem de vós, [é] o dom de Deus;9 não de obras, para que ninguém se glorie.

10 Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”

E plausível vermos a depravação total dentro dos aspectos humanos, de dependência, rebeldia, finalmente religião particular que nos leva a auto idolatria.
1º No caso da dependência, se pode dizer que o ser humano mesmo sendo a mais avançada das criaturas criadas por Deus não é independente Dele, não somos autônomos criados sem lei e sem dever de obediência, somos teonômos temos uma Lei para obedecer e cumprir dependemos dos atos providenciais de Deus hoje, na manutenção da criação e da vida em estados de desenvolvimento dentro de sua ordem, não Evoluímos sempre fomos Humanos, não somos animais racionais.
Somos seres divinamente criados mais não divinos como o criador pois, em tudo dependemos Dele.


2º Ao afirmamos um tal livre arbítrio que não existe nem para os homens, nem para os anjos, mas apenas o próprio Deus tem este poder pois, uma vez sendo totalmente livre implica na capacidade de poder fazer escolhas independes e sem consequências, no tempo e no espaço, daí só e somente só, O Supremamente Deus tem este poder como legislador supremo do universo infinofinito, como seres totalmente depravados nos rebelamos como Adão no Jardim do Éden e tentamos do nosso jeito resolver um problema que só Deus pode resolver criamos nossa própria religião.

3º A religião particular é uma demonstração clara da depravação total, pois quando pecou Adão viu-se despido da Glória de Deus, tendo que colocar em prática o que a serpente disse a Eva”sereis iguais a Deus” . O Homem pensou que tinha o poder de se auto perdoar cosendo folhas de figueira, este é o caso das religiões não Cristãs e pseudo Cristãs elas acham que resolvem o problema do pecado, sem precisar de Deus que só aceitando Jesus, estão salvos, daí começam um processo de maturação de sua suposta fé no salvador que lhes leva fatalmente a auto idolatria.

4º A autoidolatria é um pecado de quem pratica uma fé distorcida, isto é adora uma imagem de deus que não é o Deus verdadeiro, que não compactua com o mal e nem se deixa enganar por fingimentos, autoidólatras normalmente se acham mais santos do que a santidade, e mais justos do que a própria justiça, com seus corações cheios de rapina e malignidade, os auto idolatras são ainda autênticos detentores, segundo eles do poder de Deus, só que quando nos aproximamos o que vemos é nada mais nada menos do que puro ritualismo, que por fim é o agente maior de exposição da depravação total.
Vejamos o que diz João Calvino sobre este assunto. “Isso pode ser facilmente inferido das razões que ele anexa à sua proibição.35 Primeiramente, através de Moisés [Dt 4.15]: “Lembra-te do que o Senhor te falou  no vale do Horebe: ouviste uma voz, porém corpo não viste; guarda-te, portanto, a ti mesmo, para que não aconteça que, se fores enganado, para ti faças qualquer repre- sentação” etc. Vemos como Deus opõe abertamente sua voz a todas as representa- ções, para que saibamos que, todos quantos buscam para ele formas visíveis, dele se apartam”.


O homem é um ser assombrado pele vastidão da eternidade contudo, ele jamais terá capacidade própria de se voltar para Deus se Este não se voltar para ele em atitude bondosa de perdão e misericórdia que para nós são imerecidos,

Sola Deo Glórias.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

ASSIM FALOU JOÃO CALVINO POPULARIZANDO AS INSTITUTAS PARTE VI


PARA QUE ALGUÉM CHEGUE A DEUS O CRIADOR É NECESSÁRIO QUE A ESCRITURA SEJA SEU GUIA E MESTRA

. O VERDADEIRO CONHECIMENTO DE DEUS NA BÍBLIA

Portanto, ainda que esse fulgor, que aos olhos de todos se projeta no céu e na terra, mais que suficientemente despoje de todo fundamento a ingratidão dos homens, serve também para envolver o gênero humano na mesma incriminação. Deus a to- dos, sem exceção, exibe sua divina majestade debuxada nas criaturas, contudo é necessário adicionar outro e melhor recurso que nos dirija retamente ao próprio Criador do universo. Portanto, Deus não acrescenta em vão a luz de sua Palavra para que a salvação se fizesse conhecida. E considerou dignos deste privilégio aqueles a quem quis atrair para mais perto e mais íntimo.
Ora, visto que ele via a mente de todos ser arrastada para cá e para lá em agita- ção errática e instável, depois que elegeu os judeus para si por povo peculiar, cer- cou-os de sebes, de todos os lados, para que não se extraviassem à maneira dos demais. Nem em vão nos retém ele, mediante o mesmo remédio, no puro conheci- mento de si mesmo; pois, de outra sorte, bem depressa se diluiriam até mesmo aqueles que, acima dos demais, parecem manter-se firmes. Exatamente como se dá com pessoas idosas, ou enfermas dos olhos, e tantos quantos sofram de visão emba- çada, se puseres diante delas mesmo um vistoso volume, ainda que reconheçam ser algo escrito, contudo mal poderão ajuntar duas palavras; ajudadas, porém, pela in- terposição de lentes, começarão a ler de forma distinta. Assim a Escritura, coletan-




do-nos na mente conhecimento de Deus que de outra sorte seria confuso, dissipada a escuridão, nos mostra em diáfana clareza o Deus verdadeiro.É esta, portanto, uma dádiva singular, quando, para instruir a Igreja, Deus não apenas se serve de mestres mudos, mas ainda abre seus sacrossantos lábios, não simplesmente para proclamar que se deve adorar a um Deus, mas ao mesmo tempo declara ser esse Aquele a quem se deve adorar; nem meramente ensina aos eleitos a atentarem para Deus, mas ainda se mostra como Aquele para quem devem atentar. Ele tem mantido esse proceder para com sua Igreja desde o princípio, para que, afora essas evidências comuns, também aplicasse a Palavra, a qual é a mais direta e segura marca para Reconhecê-lo.Não carece de dúvida que Adão, Noé, Abraão e os demais patriarcas tenham,mercê deste recurso, atingido íntimo conhecimento dele, o qual, de certo modo, os distinguia dos incrédulos. Não estou ainda falando da doutrina apropriada pela fé pela qual foram iluminados para a esperança da vida eterna. Ora, para que passas- sem da morte para a vida, foi-lhes necessário conhecer a Deus não apenas como Criador, mas ainda como Redentor, de sorte que chegaram seguramente a um e outro desses dois conceitos à base da Palavra.
Ora, na ordem, veio primeiro aquela modalidade de conhecimento mediante o qual fora dado alcançar quem é esse Deus por quem o mundo foi criado e é governa- do. Acrescentou-se depois a outra, interior, a única que vivifica as almas mortais, por meio da qual se conhece a Deus não apenas como Criador do universo e único Autor e Árbitro de todas as coisas que existem, mas ainda, na pessoa do Mediador, como Redentor. Entretanto, visto que ainda não chegamos à queda do mundo e à corrupção da natureza, deixo também de tratar de seu remédio.
Portanto, os leitores se lembrarão de que ainda não irei fazer considerações a respeito daquele pacto mediante o qual Deus adotou para si os filhos de Abraão, bem como daquela parte da doutrina por meio da qual os fiéis sempre foram devida- mente separados das pessoas profanas, pois que ele se fundamentou em Cristo, dou- trina essa que será abordada na seção cristológica, mas somente enfocarei como se deve aprender da Escritura que Deus, que é o Criador do mundo, se distingue, por marcas seguras, de toda a multidão forjada de deuses. Oportunamente, mais adiante, a própria seqüência nos conduzirá à Redenção. Mas, embora tenhamos de derivar do Novo Testamento muitos testemunhos, outros também da lei e dos profetas, onde se faz expressa menção de Cristo, contudo todos tendem a este fim: que Deus, o Artífice do universo, se nos patenteia na Escritura; e o que dele se deva pensar, nela se expõe, para que não busquemos por veredas ambíguas alguma deidade incerta.

. A BÍBLIA, A PALAVRA DE DEUS ESCRITA
Contudo, seja porque Deus se fez conhecido aos patriarcas através de oráculos e visões, seja porque, mediante a obra e ministério de homens, ele deu a conhecer o que depois, pelas próprias mãos, houvessem de transmitir aos pósteros, porém está fora de dúvida que a firme certeza da doutrina foi gravada em seu coração, de sorte que fossem persuadidos e compreendessem que o que haviam aprendido procedera de Deus. Pois, através de sua Palavra, Deus fez para sempre com que a fé não fosse dúbia, fé esta que houvesse de ser superior a toda mera opinião. Por fim, para que em perpétua continuidade de doutrina, a sobreviver por todos os séculos, a verdade per- manecesse no mundo, esses mesmos oráculos que depositara com os patriarcas ele quis que fossem registrados como que em instrumentos públicos. Neste propósito, a lei foi promulgada, a qual mais tarde os profetas foram acrescentados como intérpretes.Ora, visto que o uso da lei foi múltiplo, como se verá melhor no devido lugar, na verdade foi especialmente outorgada a Moisés e a todos os profetas a incumbência de ensinar o modo de reconciliação entre Deus e os homens, donde também Paulo chama Cristo o fim da lei (Rm 10.4). Contudo, outra vez o reitero, além da doutrina apropriada da fé e do arrependimento, que apresenta Cristo como o Mediador, a Escritura adorna de marcas e sinais inconfundíveis ao Deus único e verdadeiro, porquanto criou o mundo e o governa, para que ele não se misture com a espúria multidão de divindades.



Portanto, por mais que ao homem, com sério propósito, convenha volver os olhos a considerar as obras de Deus, uma vez que foi colocado neste esplendíssimo teatro para que fosse seu espectador, todavia, para que fruísse maior proveito, convém-lhe, sobretudo, inclinar os ouvidos à Palavra. E por isso não é de admirar que, mais e mais, em sua insensibilidade se façam empedernidos aqueles que nasceram nas trevas, por- quanto pouquíssimos se curvam dóceis à Palavra de Deus, de sorte que se contenham dentro de seus limites; ao contrário, antes exultam em sua futilidade.
Mas, para que nos reluza a verdadeira religião, é preciso considerar isto: que ela tenha a doutrina celeste como seu ponto de partida; nem pode alguém provar sequer o mais leve gosto da reta e sã doutrina, a não ser aquele que se faz discípulo da Escritura. Donde também provém o princípio do verdadeiro entendimento: quando abraçamos reverentemente o que Deus quis testificar nela acerca de si mesmo. Ora, não só a fé consumada, ou completada em todos os seus aspectos, mas ainda todo reto conhecimento de Deus nascem da obediência à Palavra. E, fora de toda dúvida, neste aspecto, com singular providência, Deus em todos os tempos teve em conside- ração os mortais.
 A BÍBLIA É O ÚNICO ESCUDO A PROTEGER DO ERRO
Com efeito, se refletirmos bem quão acentuada é a tendência da mente humana para com o esquecimento de Deus; quão grande sua inclinação para com toda sorte de erro; quão pronunciado o gosto de a cada instante forjar novas e fantasiosas religiões, poder-se-á perceber quão necessária foi tal autenticação escrita da doutri-na celestial, para que não desvanecesse pelo ouvido, ou se dissipasse pelo erro, ou fosse corrompida pela petulância dos homens.Como sobejamente assim se evidencia, Deus proveu o subsídio da Palavra a todos aqueles a quem quis, a qualquer tempo, instruir eficientemente, porque ante- via ser pouco eficaz sua efígie impressa na formosíssima estrutura do universo. Portanto, necessário se nos faz trilhar por esta reta vereda, caso aspiremos, com seriedade, à genuína contemplação de Deus.Afirmo que importa achegar-se à Palavra onde, de modo real e ao vivo, Deus nos é descrito em função de suas obras, enquanto essas próprias obras aí se apre- ciam, não conforme a depravação de nosso julgar, mas segundo a norma da verdade eterna. Se dela nos desviamos, como há pouco frisei, ainda que nos esforcemos com extrema celeridade, entretanto, uma vez que a corrida será fora da pista, jamais conseguirá ela atingir a meta. Pois assim se deve pensar: o resplendor da face divi- na, o qual o Apóstolo proclama ser inacessível [1Tm 6.16], nos é inextricável labi- rinto, a não ser que pelo Senhor sejamos dirigidos através dele pelo fio da Palavra, visto ser preferível claudicar ao longo desta vereda a correr a toda brida fora dela.
Assim é que, não poucas vezes [Sl 93, 96, 97, 99 e afins], ensinando que impor-ta alijar do mundo as superstições para que floresça a religião pura, Davi representa Deus a reinar, significando pelo termo reinar não o poder do qual Deus se acha investido e o qual exerce no governo universal da natureza, mas a doutrina pela qual para si reivindica soberania legítima, porquanto os erros jamais podem ser arranca- dos do coração humano, enquanto não for nele implantado o verdadeiro conheci- mento de Deus.



. A SUPERIORIDADE REVELACIONAL DA BÍBLIA SOBRE A CRIAÇÃO
Por isso, o mesmo Profeta, onde trouxe à lembrança que a glória de Deus é proclamada pelos céus, que as obras de suas mãos são anunciadas pelo firmamento, que sua majestade é apregoada pela seqüência regular dos dias e das noites [Sl 19.1,2], em seguida desce à menção da Palavra: “A lei do Senhor” diz ele, “é sem defeito,reanimando as almas; o testemunho do Senhor é fiel, dando sabedoria aos pequeni- nos; os atos de justiça do Senhor são retos, alegrando os corações; o preceito do Senhor é límpido, iluminando os olhos” [Sl 19.7, 8].


Ora, embora ele inclua ainda outros usos da lei, contudo assinala, de modo geral, porquanto em vão Deus convida a si a todos os povos pela contemplação do céu e da terra, afirmando que esta é a escola especial dos filhos de Deus: a Escritura.Idêntica é a perspectiva do Salmo 29, no qual o Profeta, após discursar a respei-to da voz terrível de Deus, a qual sacode a terra com trovões, ventanias, chuvas, furacões e tempestades, faz tremer as montanhas, despedaça os cedros, contudo no final acrescenta que seus louvores são entoados no santuário, porquanto os incrédu- los são surdos a todas as vozes de Deus que ressoam nos ares. De igual modo, assim ele conclui em outro dos Salmos, onde descreveu as ondas espantosas do mar: “Mui fiéis são teus testemunhos; a santidade convém a tua casa, para sempre” [Sl 93.5] Daqui também promana aquilo que Cristo dizia à mulher samaritana [Jo 4.22]: que seu povo e todos os demais povos adoravam o que desconheciam; e que somente os judeus exibiam o culto verdadeiro de Deus.
Ora, já que, em razão de sua obtusidade, de modo algum a mente humana pode chegar a Deus, salvo se for assistida e sustentada por sua Santa Palavra, então todos os mortais – excetuados os judeus –, visto que buscavam a Deus sem a Palavra, lhes
foi inevitável que vagassem na futilidade e no erro.















SOLA DEO GLÓRIAS.

domingo, 2 de maio de 2010

BULLYING SOCIAL UMA ARMA DA RELIGIÃO SATÃNICA NEO-PÓS-MODERNA PARTE II.

“Filho meu, se os pecadores querem seduzir- te não o consintas. Se disserem vem conosco embosquemos-nos para derramar sangue, espreitemos ainda que sem motivo, os inocentes.” Provérbios de Salomão Cap.-1 versos 10-11 Leiam mais em http://.www.joseanolaurentino.blogspot.com


Nestes textos temos uma explicação para o que realmente é um bullying; e um conselho que deveria nortear a vida de qualquer crente sincero, o papel de seduzir para a pratica do mal é do diabo, ele não vai usar de ataques extremos ou forças que se possam desbaratar logo o crente, quando ouvir certas coisas e convites deve se perguntar: Porque devo fazer isto?se Jesus estivesse aqui, participaria de algo satânico assim ? Contra um Cristão, ainda que falho? É lógico que se o Crente pertence a uma igreja que, por Exemplo, realiza sua escola dominical em um prédio da prefeitura e o prefeito e seus associados são os responsáveis pelo bullying, como o pastor desta igreja e empregado do prefeito, teria como não participar do mal, ele (o pastor) teria ainda que incentivar sua igreja a fazer do mal bem, e do bem mal.

 Como no exemplo retros- citado temos ainda que pensar no que Salomão diz em Provérbios 16 -28-29 “O homem perverso espalha contendas, e o difamador separa os melhores amigos, O homem violento alicia o seu companheiro e guio por um caminho que não é bom” bem cada Cristão é responsável por suas escolhas, aliás, todo ser humano é um agente responsável, com liberdade de escolhas limitadas somente pela soberania de Deus. Logo o que decidimos fazer é o que a Justiça Divina Tanto Atributiva quanto Retribuitiva vai demandar de nós; “cada um será Julgado segundo as suas obras” Há eu participei porque tava todo mundo fazendo, pergunta: Se todo mundo tomar veneno você é obrigado a tomar também? No caso do bullying já falamos sobre a escola, vejamos outros lugares, como por exemplo: O bullying em locais de trabalho, (algumas vezes chamado de "Bullying Adulto") é descrito pelo Congresso Sindical do Reino Unido como: "Um problema sério que muito frequentemente as pessoas pensam que seja apenas um problema ocasional entre indivíduos. Mas o bullying é mais do que um ataque ocasional de raiva ou briga. É uma intimidação regular e persistente que solapa a integridade e confiança da vítima do bully. É freqüentemente aceita ou mesmo encorajada como parte da cultura da “organização".

Temos ainda o bullying, que é feito nas Igrejas, está é a forma mais satânica, pois tenta tirar o Cristão dos Braços amorosos de Seu Deus e lhe dizer que se as pessoas que supostamente representão Deus, estão participando de algo assim é porque Deus não te Ama, e o Sacrificio de Cristo Na Cruz não foi Por você,” Ta reprendido Satánas”hahahahaha (Risos ). Portanto um pastor ou membro de igreja que partissipa de Bullying é no mínimo um inconverso ou mal carater, não esta servindo a Deus como deveria, ainda mais quando se sabe que os lideres do Bullying são assassinos, santanistas, idólatras e pessoas de carater e mentes pervertidas, psicopatas . O que realmente seria um pastor acolhoado com este tipo de gente? Se não for para Evangelizar ? é muito estranho mesmo. Seja Deus verdadeiro e todo homem mentiroso.Se você meu leitor me pergunta: Joseano o que tem de errado com você, eu vou te respomder com muita sinceridade, muitas coisas, mas eu levo O Meu Deus a sério, o problema dos evangélicos neo-pós-modernos é que:” Deus fez o homem Conforme a sua imagem e conforme a sua semelhança” ,agora cada Igreja está tentado criar um deus a sua imagen e diacordo com seus desejos e o que paulo diz: “ comichão nos ouvidos”.

Bem o Deus verdadeiro não deichará impune nenhum deles ou de quem fizer o mal só por diverssão sabe, a Justiça divina é Linda, por um de seus Eleitos Deus mata, aleija,enloquece e mais, da ao inimigo o que ele, deseja para o servo (a) do Senhor, isto é um fato inigável e vocês sabem disso, temos também na VizinhançaEntre vizinhos, o bullying normalmente toma a forma de intimidação por comportamento inconveniente, tais como barulho excessivo para perturbar o sono e os padrões de vida normais ou fazer queixa às autoridades (tais como a polícia) por incidentes menores ou forjados. O propósito desta forma de comportamento é fazer com que a vítima fique tão desconfortável que acabe por se mudar da propriedade. Nem todo comportamento inconveniente pode ser caracterizado como bullying: a falta de sensibilidade pode ser uma explicação já na Política O bullying entre países ocorre quando um país decide impôr sua vontade a outro. Isto é feito normalmente com o uso de força militar, a ameaça de que ajuda e doações não serão entregues a um país menor ou não permitir que o país menor se associe a uma organização de comércio.

Em 2000 o Ministério da Defesa (MOD) do Reino Unido definiu o bullying como : "…o uso de força física ou abuso de autoridade para intimidar ou vitimizar outros, ou para infligir castigos ilícitosTodavia, é afirmado que o bullying militar ainda está protegido contra investigações abertas. O caso das Deepcut Barracks, no Reino Unido, é um exemplo do governo se recusar a conduzir um inquérito público completo quanto a uma possível prática de bullying militar. Alguns argumentam que tal comportamento deveria ser permitido por causa de um consenso acadêmico generalizado de que os soldados são diferentes dos outros postos.
 Dos soldados se espera que estejam preparados para arriscarem suas vidas, e alguns acreditam que o seu treinamento deveria desenvolver o espirito de corpo para aceitar isto Em alguns países, rituais humilhantes entre os recrutas têm sido tolerados e mesmo exaltados como um "rito de passagem" que constrói o caráter e a resistência; enquanto em outros, o bullying sistemático dos postos inferiores, jovens ou recrutas mais fracos pode na verdade ser encorajado pela política militar, seja tacitamente ou abertamente (veja dedovschina). Também, as forças armadas russas geralmente fazem com que candidatos mais velhos ou mais experientes abusem - com socos e pontapés - dos soldados mais fracos e menos experientes. Alcunhas ou apelidos (dar nomes)



Normalmente, uma alcunha (apelido) é dada a alguém por um amigo, devido a uma característica única dele. Em alguns casos, a concessão é feita por uma característica que a vítima não quer que seja chamada, tal como uma verruga ou forma obscura em alguma parte do corpo. Em casos extremos, professores podem ajudar a popularizá-la, mas isto é geralmente percebido como inofensivo ou o golpe é sutil demais para ser reconhecido. Há uma discussão sobre se é pior que a vítima conheça ou não o nome pelo qual é chamada. Todavia, uma alcunha pode por vezes tornar-se tão embaraçosa que a vítima terá de se mudar (de escola, de residência ou de ambos).

 portanto A Deus devemos Tributar Honras e Glórias em todo o tempo o tempo todo, pois este é o dever de todo ser no universo infino- finito principalmente do homem, quer seja salvo quer seja perdido é exatamente isto o que Deus requer de nós.




Sola Deo Glórias.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

LIVRE ARBRITIO A MÃE, DAS GRANDES HERESIAS. Parte i.

Os adoradores, do Livre arbítrio pois assim e que devem ser chamados, todos os que creem nesta heresia trazida do inferno e por inspiração satânica dada a Pelágio que em virtude dela foi morto pala igreja de Roma e depois canonizado,sob o inbuste de uma criança morta pelos mouros, aliás se você estudou bem a história vai saber que:


A história dos massacres e perseguições perde-se no tempo. Quase impossível para os historiadores é levantar o número exato ou aproximado de vítimas da Inquisição. O banho de sangue começou na Europa, mais precisamente em França, e se estendeu por países vizinhos. Havia, por parte da Igreja de Roma, uma preocupação constante com a propagação do Evangelho, com o conhecimento da Palavra, com a tradução da Bíblia em outras línguas. Preocupação no sentido de proibir. Só pelo fato de um católico passar a ler as Escrituras estava sujeito a ser considerado um herege e, como tal, ser excomungado e levado à fogueira. A Bíblia era, assim, considerada um obstáculo às pretensões da Igreja de Roma, de colocar todos os povos sob seus domínios.

Muitos meios foram usados para que a Bíblia ficasse restrita ao pequeno círculo dos sacerdotes, dos padres, dos bispos e dos papas. Dentre as medidas para conter o avanço da Palavra de Deus, estão as seguintes:

1) Em 1229, o Concílio de Tolouse (França), o mesmo que criou a diabólica Inquisição, determinou: "Proibimos os leigos de possuírem o Velho e o Novo Testamento... Proibimos ainda mais severamente que estes livros sejam possuídos no vernáculo popular. As casas, os mais humildes lugares de esconderijo, e mesmo os retiros subterrâneos de homens condenados por possuírem as Escrituras devem ser inteiramente destruídos. Tais homens devem ser perseguidos e caçados nas florestas e cavernas, e qualquer que os abrigar será severamente punido." (Concil. Tolosanum, Papa Gregório IX, Anno Chr. 1229, Canons 14:2). Foi este mesmo Concílio que decretou a Cruzada contra os albigenses. Em "Acts of Inquisition, Philip Van Limborch, History of the Inquisition, cap. 08, temos a seguinte declaração conciliar: "Essa peste (a Bíblia) assumiu tal extensão, que algumas pessoas indicaram sacerdotes por si próprias, e mesmo alguns evangélicos que distorcem e destruíram a verdade do evangelho e fizeram um evangelho para seus próprios propósitos... (elas sabem que) a pregação e explanação da Bíblia é absolutamente proibida aos membros leigos".(grifo nosso).

2) No Concílio e Constança, em 1415, o santo Wycliffe, protestante, foi postumamente condenado como "o pestilento canalha de abominável heresia, que inventou uma nova tradução das Escrituras em sua língua materna".

3) O Papa Pio IX, em sua encíclica "Quanta cura", em 8 de dezembro de 1866, emitiu uma lista de oito erros sob dez diferentes títulos. Sob o título IV ele diz: "Socialismo, comunismo, sociedades clandestinas, sociedades bíblicas... pestes estas devem ser destruídas através de todos os meios possíveis".

4) Em 1546 Roma decretou: "a Tradição tem autoridade igual à da Bíblia". Esse dogma está em voga até hoje, até porque existe o dogma da "infalibilidade papal". Ora, se os dogmas, bulas, decretos papais e resoluções outras possuem autoridade igual à das Sagradas Escrituras, os católicos não precisam buscar verdades na Palavra e Deus.

5) O Papa Júlio III, preocupado com os rumos que sua Igreja estava tomando, ou seja, perdendo prestígio e poder diante do número cada vez maior de "irmãos separados" ou "'cristãos novos" ou "protestantes" (apesar dos massacres), convocou três bispos, dos mais sábios, e lhes confiou a missão de estudarem com cuidado o problema e apresentarem as sugestões cabíveis. Ao final dos estudos, aqueles bispos apresentaram ao papa um documento intitulado "DIREÇÕES CONCERNENTES AOS MÉTODOS ADEQUADOS A FORTIFICAR A IGREJA DE ROMA". Tal documento está arquivado na Biblioteca Imperial de Paris, fólio B, número 1088, vol. 2, págs 641 a 650. O trecho final desse ofício é o seguinte:

"Finalmente (de todos os conselhos que bem nos pareceu dar a Vossa Santidade, deixamos para o fim o mais necessário), nisto Vossa Santidade deve pôr toda a atenção e cuidado de permitir o menos que seja possível a leitura do Evangelho, especialmente na língua vulgar, em todos os países sob vossa jurisdição. O pouco dele que se costuma ler na Missa, deve ser o suficiente; mais do que isso não devia ser permitido a ninguém.

Enquanto os homens estiverem satisfeitos com esse pouco, os interesses de Vossa Santidade prosperarão, mas quando eles desejarem mais, tais interesses declinarão. Em suma, aquele livro (a Bíblia) mais do que qualquer outro tem levantado contra nós esses torvelinhos e tempestades, dos quais meramente escapamos de ser totalmente destruídos. De fato, se alguém o examinar cuidadosamente, logo descobrirá o desacordo, e verá que a nossa doutrina é muitas vezes diferente da doutrina dele, e em outras até contrária a ele; o que se o povo souber, não deixará de clamar contra nós, e seremos objetos de escárnio e ódio geral. Portanto, é necessário tirar esse livro das vistas do povo, mas com grande cuidado, para não provocar tumultos" - Assinam Bolonie, 20 Octobis 1553 - Vicentius De Durtantibus, Egidus Falceta, Gerardus Busdragus.

6) Além de tentar tapar a boca de Deus algemando a Sua Palavra, a Igreja de Roma modifica ou suprime trechos sagrados da Bíblia para justificar sua Tradição. Daremos dois exemplos: 1) acatou o livro apócrifo de Macabeus dentre outros, admitindo-o como divinamente inspirado, para justificar a oração pelos mortos. 2) suprimiu o SEGUNDO MANDAMENTO em seu Catecismo. No Catecismo da Primeira Eucaristia, 12ª edição, Paulinas, São Paulo, 1975, à pág. 70, lê-se: Mandamentos da lei de Deus: 1) amar a Deus sobre todas as coisas; 2) não tomar seu santo nome em vão; 3) guardar os domingos e festas; 4) honrar pai e mãe; 5) não matar; 6) não pecar contra a castidade; 7) não furtar; 8) não levantar falso testemunho; 9) não desejar a mulher do próximo; 10) não cobiçar as coisas alheias.

7) Os mandamentos de Deus estão no livro de Êxodo. No capítulo 20, versos 4 e 5 assim está escrito: "NÃO FARÁS PARA TI IMAGEM DE ESCULTURA, NEM SEMELHANÇA ALGUMA DO QUE HÁ EM CIMA DOS CÉUS, NEM EM BAIXO NA TERRA, NEM NAS ÁGUAS DEBAIXO DA TERRA. NÃO TE ENCURVARÁS A ELAS NEM AS SERVIRÁS". Então, como se vê, a Igreja Romana suprimiu do seu Catecismo o Segundo Mandamento. Isto é grave para quem é temente a Deus. Muito grave. Por que suprimiu? Para que não houvesse o confronto de suas práticas idólatras com a Palavra de Deus?

Todos esses maléficos expedientes usados para eliminar, alterar ou suprimir as Sagradas Escrituras não conseguiram êxito. A Bíblia é o livro mais vendido e mais lido em todo o mundo e está traduzido para quase 2.000 línguas e dialetos. Só no Brasil são vendidos por ano mais de quatro milhões de bíblias, afora uns 150 milhões de livros com pequenos trechos (bíblias incompletas),

Os reflexos desses expedientes, ou seja, as tentativas de algemar a Palavra de Deus, ainda hoje são sentidos. No Brasil são poucos os católicos que se dedicam à leitura da Bíblia, embora os carismáticos estejam mais desenvolvidos no particular. Regra geral, se contentam "com o pouco que lhes são oferecido na missa", e enquanto se contentam com esse pouco (como sugeriram aqueles bispos ao papa, item 5 retro) continuam errando. "ERRAIS, NÃO CONHECENDO AS ESCRITURAS, NEM O PODER DE DEUS". (Mateus 22.29)

O nome pelagianismo tem sua origem a partir de um monge britânico que se engajou num debate ardente com Agostinho na igreja primitiva. Presumivelmente nascido na Irlanda, Pelágio tornou-se monge e eunuco. Movido em sua alma, ele chamava a igreja para uma perseguição vigorosa da virtude e até mesmo a perfeição moral. Passou muitos anos em Roma onde Coelestius e Juliano de Eclanum, um bispo que se tornara viúvo ainda jovem, se juntaram a ele no seu conflito com Agostinho. Dos três, Julianoera o mais culto. Também era o mais agressivo na controvérsia, embora tenha sido menos agitador do que Coelestius.

Adolph Harnack diz que Pelágio foi "levado à ira por uma cristandade inerte, que se desculpava alegando fragilidade da carne e a impossibilidade do cumprimento dos mandamentos opressivos de Deus". De acordo com Harnack, Pelágio "pregava que Deus não havia ordenado nada impossível, que o homem possuía o poder de fazer o bem se assim desejasse e que a fraqueza da carne era meramente um pretexto".

O princípio controlador do pensamento de Pelágio era a convicção de que Deus nunca ordena o que é impossível para o homem realizar. Para Pelágio, esse não era um princípio teológico abstrato mas um assunto que acarretava conseqüências práticas urgentes para a vida cristã. Ele se levantou inicialmente contra Agostinho por causa de um oração que Agostinho havia escrito: "Concede o que tu ordenaste, e ordena o que tu desejas".

Pelágio não discordava da última frase dessa oração. Na verdade, é virtualmente supérfula. Deus tem o direito de ordenar tudo o que deseja. Esta, claramente, é uma prerrogariva divina. A suposição, naturalmente, é de que o que Deus deseja das suas criaturas nunca era frívolo ou mal. Essa parte da oração de Agostinho não indica que Deus precisa da permissão humana para legislar seus mandamentos, mas refletia, em seu lugar, a postura de humilde submissão de Agostinho quanto ao direito divino de lei.

Pelágio exasperou-se com a primeira parte da oração de Agostinho: "Concede o que tu ordenaste..." O que Agostinho estava pedindo que Deus concedesse? Não poderia ser sua permissão, porque a criatura nunca precisa pedir permissão para fazer o que havia sido ordenado. Na verdade, ele precisaria de permissão para não fazê-lo. Agostinho, obviamente, estava pedindo outra coisa, algum tipo de dom para atender ao comando. Pelágio acertadamente supôs que Agostinho estava orando pelo dom da graça divina, que viria na forma de algum tipo de assistência.

Pelágio levantou a seguinte questão: A assistência da graça é necessária para o ser humano obedecer aos comandos de Deus? Ou esses comandos podem ser obedecidos sem essa assistência? Para Pelágio, a ordem de obedecer implicava habilidade para obedecer. Isso se aplicaria não apenas a lei moral de Deus mas também aos comandos inerentes ao evangelho. Se Deus ordena que as pessoas creiam em Cristo, então elas devem ter o poder de crer em Cristo sem a ajuda da graça. Se Deus ordena que os pecadores se arrependam, eles devem ter a habilidade de se inclinarem para obedecerem ao comando. A obediência não precisa, de forma alguma, ser "concedida".

A questão entre Pelágio e Agostinho era clara. Não estava ofuscada por argumentos teológicos intrincados, especialmente no começo. "Nunca houve, talvez, uma crise de igual importância na história da igreja na qual os oponentes tenham expressado os princípios em debate tão clara e abstratamente" - diz Harnack. "Somente a disputa Ariana antes do Concílio de Nicéia pode ser comparada a ela..."

Para Pelágio, a natureza não requer graça a fim de cumprir suas obrigações. O livre-arbítrio, adequadamente exercido, produz virtude, que é o bem supremo e devidamente seguido pela recompensa. Por meio do seu próprio esforço, o homem pode alcançar tudo o que se requer dele na moralidade e na religião.

Dezoito Premissas.

01) A base do pensamento de Pelágio é a premissa de que os mais altos atributos de Deus são a bondade e a justiça. Para Pelágio, esses atributos são a condição sine qua non do caráter divino. Sem os mesmos, Deus não seria Deus. É inconcebível um Deus que carece da perfeição da bondade e da justiça.

02) A segunda premissa sobre a qual Pelágio elabora é: se Deus é completamente bom, então tudo o que criou é igualmente bom. Toda a sua criação é boa, incluindo o homem. "Adão... foi criado por Deus sem pecado e inteiramente competente para todo o bem, com um espírito imortal e um corpo mortal", observa Philip Schaff, resumindo a visão de Pelágio. "Ele (Adão) - foi dotado com razão e livre-arbítrio. Com sua razão, ele deveria ter o domínio sobre todas as criaturas irracionais; com o seu livre-arbítrio, ele deveria servir a Deus. A liberdade é o bem supremo, a honra e a glória do homem, o bonum naturae, que não pode ser perdido. É a base única da relação ética do homem com Deus, que não teria um culto relutante. Ela consiste... essencialmente no liberum arbitrium, ou na possibilitas boni et mali; liberdade de escolha e na habilidade obsolutamente semelhante para o bem ou mal a cada momento"

Pelágio arraigou sua visão da natureza humana e do livre-arbítrio na sua doutrina da criação. O livre-arbítrio consiste essencialmente na habilidade de se escolher entre o bem e o mal. Essa habilidade ou possibilidade é a própria essência do livre-arbítrio, de acordo com Pelágio. Essa habilidade é dada ao homem por Deus na criação, e é um aspecto essencial da natureza constituinte do homem.

03) A terceira premissa de Pelágio é que a natureza foi criada não apenas boa mas incontestavelmente boa. Isso é verade "porque as coisas da netureza persistente desde o início da existência (substância) até o seu fim". Schaff diz de Pelágio:

Ele vê a liberdade na sua forma apenas, e em seu primeiro estágio, e lá ele a fixa e a deixa, no equilíbrio perpétuo entre o bem e o mal, pronta para se decidir por qualquer um a qualquer momento. Ela não tem passado ou futuro; absolutamente independente de tudo, seja interior ou exterior; um vácuo que pode se fazer pleno e , então, tornar-se um vácuo novamente; uma tábula rasa, sobre a qual o homem pode escrever tudo o que lhe agra; uma escolha impaciente, a qual, depois de cada decisão, reverte-se à indecisão e oscilação. A vontade humana é como se fosse o eterno Hércules na encruzilhada, que dá o primeiro passo para a direita e o segundo para a esquerda e sempre volta à primeira posição.

Se a vontade do homem é uma tábula rasa perpétua, então quando uma pessoa peca, a natureza da vontade não passa por uma mudança e nem por uma deformação. Não há uma corrupção inerente no homem. Não há predisposição ou inclinação para o pecado que é, em si mesma, um resultado do pecado. Cada ato de pecado flui de um novo começo, um bloco limpo de papel que não é inscrito a priori com alguma predileção.

04) A quarta premissa de Pelágio é que a natureza humana, como tal, é inalteravelmente boa. Isto é, a essência constituinte do homem permanece boa. A natureza não pode ser alterada na sua substância; só pode ser modificada acidentalmente. O termo acidentalmente aqui não significa que algo acontecesse sem intenção como um resultado do infortúnio. Ele refere-se à distinção de Aristóteles entre a substância de um objeto e seus accidens. Accidens refere-se ao que é exterior a alguma coisa, as qualidades perceptíveis, qualidades que estão na periferia e não são essencias ao ser desse algo. O comportamento de alguém pode ser mudado quando ele comete atos pecaminosos, mas essas ações não mudam a natureza desse alguém.

05) A quinta premissa de Pelágio, que se segue a partir das quatro primeiras, é que o mal ao pecado nunca pode transformar-se em natureza. Ele define o pecado como um desejo de fazer o que a justiça proibe, do qual somos livres para nos abstermos e, assim podemos sempre evitá-lo pelo exercício adequado da nossa vontade. O pecado é sempre um ato e nunca uma natureza. Caso contrário, Pelágio insiste, Deus seria o autor do mal. Os atos pecaminosos nunca podem causar uma natureza pecaminosa, e o mal também não pode ser herdado. Se pudesse, então a bondade e a justiça de Deus estariam destruídas.

06) Na sexta premissa, Pelágio explica que o pecado existe como o resultado das armadilhas de Satanás e da concupiscência sensual. Essas tentações ao pecado podem ser superadas pelo exercício da virtude. Nem a lascívia ao a concupiscência surgem da essência do homem mas é "extrínsica" a ela. Essa concupiscência não é, em si mesma má, porque até mesmo Cristo estava sujeito a ela. Isso dá origem a formulação história com relaão à concupiscência: ela é do pecado e inclina ao pecado mas não é, em si mesma, pecado.

07) A sétima premissa - conclui que sempre permanece a possibilidade e, na verdade, a realidade dos homens sem pecado. O homem pode ser perfeito e alguns têm sido. Essa tese rejeita categoricamente qualquer doutrina do pecado original, isto é, que os homens têm a natureza corrupta como resultado da queda de Adão. Isso conduz às teses nas quais Pelágio descreve a condição de Adão e de sua progenitura.

08) A oitava premissa - é que Adão foi criado com livre-arbítrio e uma santidade natural indubitável. Essa santidade natural compreendia a liberdade da sua vontade e da sua razão. Uma vez que essas faculdades eram dons dados por Deus na criação, podiam ser consideradas dons da graça. Não foram adquiridas por Adão, mas eram inerentes na sua criação.

09) A nona premissa - é que Adão pecou por vontade própria. Ele não foi coagido por Deus ou por qualquer outra criatura a cometer o primeiro ato de pecado. Esse pecado não resultou na corrupção da sua natureza. Nem causou a morte natural porque Adão foi criado mortal. O pecado de Adão resultou, sim, em "morte espiritual", que não era a perdad da habilidade moral ou uma corrupção inerente, mas a condenação da alma por causa do pecado.

10) A décima premissa - é que a progenitura de Adão não herdou a morte natural e nem a morte espiritual. Sua descendência morreu porque também era mortal. Se seus descendentes experimentaram a morte espiritual, isso se deu porque, de forma semelhante, também pecaram. Eles não experimentaram a morte espiritual por causa de Adão.

11) A décima primeira premissa - afirma que nem o pecado de Adão nem sua culpa foram transfimitos a sua descendência. Pelágio considerava a doutrina do pecado transmitido (tradux peccati) - e a do pecado original (peccatum orignis) como uma doutrina blasfema arraigada no maniqueísmo. Pelágio insistia que seria injustiça de Deus transmitir ou imputar o pecado de um homem a outros. Deus não introduziria novas criaturas a um mundo onerado com o peso de um pecado que não era delas. O pecado original envolveria uma mudança na natureza constituinte do homem de boa pra má. O homem se tornaria naturalmente mau. Se o homem fosse mau por natureza, tanto antes quanto depois do pecado de Adão, então Deus seria novamente considerado o autor do mal. Se a natureza do homem se tornou pecaminosa ou má, então estaria também acima da redenção. Se o pecado original fosse natural, então Cristo teria de possuí-lo e seria incapaz de se redimir, muito manos a qualquer outra pessoa.

Schaff faz a seguinte observação sobre essa dimensão da antropologia de Pelágio:"Pelágio, destituído da idéia do todo orgânico da raça ou da natureza humana, via Adão meramente como um indivíduo isolado; ele não deu a Adão nenhum lugar representativo, logo seus atos não acarretavam conseqüência além de si mesmo. Em sua visão, o pecado do primeiro homem consistiu de um único e isolado ato de desobediência ao comando divino. Juliano o compara à ofensa insignificante de uma criança que se permite ser desencaminhada por alguma tentação sensual mas que depois se arrepende de sua falha... Esse ato de transgressão único e desculpável não gerou conseqüências à alma e nem ao corpo de Adão, muito menos à sua posteridade, onde todos se mantém ou caem por si mesmos"

Para Pelágio, não há conexão entre o pecado de Adão e o nosso. A idéia de que o pecado poderia ser propagado via geração humana é absurda. "Se seus próprios pecados não prejudicam os pais depois da sua conversão", diz Pelágio, "muito menos os pais podem prejudicar seus filhos".

12) A décima segunda premissa conclui que todos os homens são criados por Deus na mesma posição que Adão gozava antes da queda. Há duas diferenças essenciais entre Adão e sua descendência; mas essas diferenças não são essenciais. A primeira é que Adão foi criado como um adulto; sua descendência teve de desenvolver sua habilidade quanto à razão. A segunda diferença é que Adão foi colocado num jardim paradisíaco ande não prevelacia o costume do mal; sua descendência nasce em uma sociedade ou ambiente no qual o costume do mal prevalece. No entanto, as crianças ainda nasce sem pecado.

Por que, então, a universalidade virtual do pecado? Pelágio atribui a imitação e a longa prática do pecado: "Porque nenhuma outra causa faz com que tenhamos dificuldades de fazer o bem do que o longo costume dos vícios que nos infectam desde a infância e gradualmente, através dos anos, nos corrompem e , assim, nos mantém abrogados e devotados a eles, parecendo, de alguma forma, ter a força da natureza".

Nessa passagem, Pelágio parece chegar perto de admitir o pecado original. A palavra-chave, no entanto, é parecendo. O pecado, na verdade, não tem "a força da natureza", a despeito da sua presença difundida.

13) - A décima terceira premissa é que o habito de pecar enfraquece a vontade. Esse enfraquecimento, no entanto, deve ser entendido no sentido acidental. O costume de pecar obscurece o nosso pensamento e nos conduz aos maus hábitos. Mas esses hábitos descrevem uma prática, não algo que realmente "habita a vontade". A vontade não é enfraquecida; ela não passa por uma mudança constituinte. Ela ainda retém a postura da indiferença sempre que uma decisão ética ou moral precisa ser tomada.

14) - A décima quarta premissa - de Pelágio revela o início de um conceito da graça: A graça facilita a bondade. A graça de Deus faz com que seja mais fácil para nós seros justos. Ela nos assiste em nossa busca da perfeição. Mas o ponto crucial de Pelágio é que, embora a graça facilite a justiça, ela não é, de forma alguma, essencial para que alcancemos essa justiça. O homem pode e deveria ser bom em a ajuda da graça.

"A resolução pelagiana do paradoxo da graça foi baseada numa definição de graça fundamentalmente diferente da definição agostiniana, e foi aí que o debate apertou", observa Joroslav Pelikan. "Espalhou-se que Pelágio estava 'contestando a graça de Deus'. Seu tratado sobre a graça dava a impressão de consentrar-se 'apenas no tópico da faculdade e capacidade da natureza, enquanto fez com que a graça de Deus consistisse quase que inteiramente disso'. Nesse livro, parecia que 'com cada argumento possível, ele defendia a natureza do homem contra a graça de Deus, pela qual o ímpio é justificado e pela qual nós somos cristãos"

15) - A décima quinta premissa - declara que a graça fundamental que Deus dá é aquela dada na criação. Essa graça é tão gloriosa que alguns gentios e judeus têm alcançado a perfeição.

16) - A décima sexta premissa denota a graça dada por Deus em sua lei, a graça da instrução e iluminação. Essa graça nada faz interiormente, mas produz uma definição clara da natureza da bandade. Nas categorias clássicas da virtude, duas coisas distintas foram requeridas: o conhecimento do bem e o poder moral para fazer o bem. Ambos são facilitados pela instrução e ilumimação da lei.

A graça é dada não apenas pela lei, mas também, de acordo com a 17) - décima sétima premissa, por meio de Cristo. Essa graça é também definida como illuminatio et doctrina. A principal obra de Cristo foi nos fornecer em exemplo.

Pelágio escreve, numa carta: "Nós, os que fomos instruídos pela graça de Cristo e nascidos de novo pra uma humanidade melhor, que fomos expiados e purificados pelo seu sangue e incitados a justiça perfeita pelo seu exemplo, devemos ser melhores do que aqueles que existiram antes da lei, e melhores também do que aqueles que estiveram sob a lei"; mas o argumento total dessa carta, emque o tópico é simplesmente o conhecimento da lei como meio poara a promoção da virtude, e também a declaração de que Deus abre os nossos olhos e revela o futuro "quando nos ilumina com o dom multiforme e inefável da graça celestial", prova que para ele... a"assistência de Deus" - consiste, no final, apenas em instrução.

A doutrina da graça de Pelágio é meramente o outro lado da sua doutrina do pecado. Por todo o seu pensamento, permanece a afirmação fundamental da inconversibilidade da natureza humana. Tendo sido criado boa, ela sempre permanece boa.

18) - A décima oitava premissa é que a graça de Deus, é compatível com sua justiça. A graça não fornece benefício adicional a natureza humana, mas é dada por Deus de acordo com o mérito. Em última análise, a graça é merecida.

Podemos resumir os dezoito pontos do pensamento pelagiano como se segue:

01. Os mais altos atributos de Deus são sua retidão e justiça.

02. Tudo o que Deus criou é bom.

03. Como alogo criado, a natureza não pode ser mudada na sua essência.

04. A natureza humana é inateravelmente boa.

05. O mal é um ato que nós podemos evitar.

06. O pecado vem via armadilhas satânicas e concupiscência sensual.

07. Pode haver homens sem pecado.

08. Adão foi criado com livre-arbítrio e santidade natural.

09. Adão pecou por livre vontade.

10. A descendência de Adão não herdou dele a morte natural.

11. Nem o pecado de Adão nem sua culpa foram transmitidos.

12. Todos os homens são criados como Adão era antes da queda.

13. O hábito de pecar enfraquece a vontade.

14. A graça de Deus facilita a bondade mas não é necessária para se alcançá-la.

15. A graça da criação produz homens perfeitos.

16. A graça da Lei de Deus ilumina e instrui.

17. Cristo trabalha principalmente pelo seu exemplo.

18. A graça é dada de acordo com a justiça e mérito.

O Curso da Controvérsia.

A controvérsia pelagiana surgiu por volta de 411 ou 412 em Cartago. Coelestius, discípulo de Pelágio, tentava ser nomeado presbítero em Cartago. Paulinius o denunciou com a acusação de que ele ensinava que o batismo de unfantes não objetivava a purificação do pecado. Harnack lista os itens da denúncia de Paulinius: Pelágio ensinava "que Adão foi feito mortal e teria morrido se tivesse ou não pecado - que o pecado de Adão só trouxe prejuízo a ele mesmo e não a raça humana - infantes, quando nascem, estão no estado em Adão estava antes do seu erro -que a raça humana não morre por causa da morte de Adão e do seu erro e nem ressuscitará em virtude da ressurreição de Cristo - tanto a lei quanto o Evangelho admitem os homens no reino dos céus - mesmo antes do advento de nosso Senhor, houve homem impecáveis, isto é, homens sem pecado - que o homem pode estar sem pecado e pode facilmente manter os comandos deivinos se assim desejar".

O Sínodo de Cartago excomungou Coelestius. Ele, então, retirou-se para Éfeso onde conseguiu tornar-se presbítero. Enquanto isso, Pelágio desejando evitar qualquer grande controvérsia, havia viajado pra a Palestina. Antes disso, havia visitado Hippo, mas Agostinho estava fora e assim, não se encontraram. De Jerusalém, Pelágio escreveu uma carta lisonjeira a Agostinho. Este respondeu com uma carta cortês mas cautelosa. Agostinho ainda estava se recuperando da pressão da controvérsia donastia e sabia pouco sobre a controvérsia que estava se formando em Cartago com Coelestius. Agostinho recebeu notícias de Jerusalém de que o ensino de Pelágio estava causando um tumulto por lá.

Orósio, um amigo e discípulo de Agostinho, solicitou uma sindicância contra Pelágio em 415, mas Pelágio foi exonerado. Em dezembro desse ano, um sínodo palestino denunciou alguns escritos de Pelágio. Quando o sínodo exigiu que ele renunciasse ao seu ensino de que o homem pode estar sem pecado sem a ajuda da graça, Pelágio capitulou. Ele disse, "eu os anatemizo como insensatos, não como heréticos, visto não ser caso de dogma". Ele repudiou o ensino de Coelestius dizendo: "Mas as coisas que declarei não sendo minhas, eu, de acordo com a opinião da santa igreja, reprovo, pronunciando um anátema a todo aquele que se opuser".

Como resultado, Pelágio foi pronuciado ortodoxo. Reinhold Seeberg chama a resposta de Pelágio de "mentira covarde". Isso deixou Pelágio com a difícil tarefa de recuperar a sua credibilidade diante de sus próprios defensores. Ele escreveu quatro livros, incluindo De natura e De líbero arbitrio para elucidar suas opiniões.

A igreja da África do Norte não estava satisfeita com os resultados do sínodo. Jerônimo o chamou de "sínodo miserável" e Agostinho disse, "não foi a heresia que foi absolvida lá, mas o homem que a negou". Dois sínodos norte-africanos aconteceram em 416, e ambos condenaram o pelagianismo. Uma carta dos precedimentos foi enviada ao papa Inocência, e esta foi seguida por outra carta de cinco bispos norte-africanos, incluindo Agostinho. Pelágio reagiu com uma carta sua. O papa Inocência se agradou em ser consultado e expressou sua concordância total com a condenação de Pelágio e Coelestius: "Declaramos, em virtude da nossa autoridade Apostólica, que Pelágio e Coelestius estão excluídos da comunhão da Igreja até que se lebertem das armadilhas de Satanás".

No ano seguinte (417), o papa Inocência morreu e foi sucedido pelo papa Zózimo. Pelágio enviou uma confissão de fé bem-composta a Roma, argumentando que havia sido falsamente acusaso e deturpado pelos adversários. Enquanto isso, Coelestius havia ido a Roma e submetido ao papa uma síntese de submissão. O biógrafo de Agostinho, Peter Brown, escreve: "Pelágio apressou-se em obedecer às convocações do Bispo de Roma; ele havia sido precedido por um bispo Heros e Lázaro, eram inimigos pessoas de Zózimo... numa sessão forma, Zózimo recusou pressionar Coelestius e, assim, pôde declarar-se satisfeito. Pelágio obteve uma saudação ainda mais calorosa em meados de setembro. Zózimo disse aos africanos..., 'Quão profundamente cada um de nós foi movido! Dificilmente alguém presente poderia reter as lágrimas ao pensamento dessas pessoas de fé genuína terem sido difamadas".

O julgamento de Zózimo não encerrou o assunto. A igreja norte-africana convocou um concílio geral em Cartago em 418 ao qual compareceram mais de duzentos bispos. O concílio lançou vários cânones contra o pelagianismo, incluindo o seguinte:

"Todo aquele que diz que Adão foi criado mortal e teria, mesmo sem pecado, morrido por necessidade natural, seja anátema...

Os cânones prosseguiram condenando as seguintes doutrinas: "que... o pecado original ( não é) herdado de Adão; que a graça não ajuda com relação aos pecados futuros; que a graça consiste apenas em doutrinas e mandamentos; que a graça apenas faz com que seja mais fácil fazer o bem; (e) que os santos expressam a quinta súplica da oração do Senhor não por si mesmos, ou apenas por humildade"

Zózimo, então, retratou-se quanto a sua posição anterior e publicou uma epístola requerendo que todos os bispos subscrevessem os cânones desse conselho. Dezoito bispos, incluindo Juliano de Eclanum, recusaram-se. Historiadores uniformemente consideram Juliano como o mais capaz e astuto defensor da teologia pelagiana. Ele forçou sua causa com cartas ao papa e com uma crítica mordaz às visões de Agostinho. Quando Banifácio secedeu Zózimo, ele persuadiu Agostinho a refutar Juliano, e esse trabalho o ocupou até a sua morte. Dezessete dos dezoito bispos que resistiram à epístola papal, retrataram-se subsequentemente. Apenas Juliano persistiu. Depois de ser desposado do seu cargo, refugiou-se, juntamente com Coelestius, em Constantinopla, onde em 429 recebeu as boas vindas do patriarca Nestor. Pouco se sabe da vida subseqüente de Pelágio e Coelestious. A aliança de Juliano e Nestor não o ajudou porque o póropio Nestor foi mais tarde condenado por causa da heresia que levava seu nome.

O terceiro conselho ecumênico em Éfeso (431 d.C), realizado um ano após a morte de Agostinho, conenou o pelagianismo. Schaff faz a seguinte observação sobre o sistema de pensamento pelagiano:

"Se a natureza humana não é corrupta, e a vonta de natural é competente para todo o bem, não precisamos de um Redentor para criar em nós uma nova bondade e uma nova vida, mas apenas de alguém que nos melhore e enobreça; e a salvação é, essencialmente, obra do homem. O sistema pelagiano realmente não tem lugar para as idéias de redenção, expiação, regeneração e nova criação. Ele as substitui pelos nossos próprios esforços de aperfeiçoar nosso poderes naturais e a mera adição da graça de Deus como suporte e ajuda valiosa. Foi somente por uma feliz inconsistência que Pelágio e seus adeptos tradicionalmente permanecem nas doutrinas da igreja da Trindade e da pessoa de Cristo. Logicamente, seu sistema condizia a uma Cristologia racionalista"quanto a nós a Deus devemos Glórificar, em todo o tempo o tempo todo, pois este é o dever de todo ser no universo infinifinito principalmente do homem, quer seja salvo quer seja perdido e é isto o que Ele requer de nós.


Sola Deo Glórias.

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